A história dos afogados nest nau-frágil
Nos corpos um mundo gasto não atravessa a goela
nem é expelido em arrojo.
Casas foram a baixo com nossas poucas fotografias.
Uma boneca e chinelos ensanguentados junto aos que não conseguiram submergir.
Preciso caminhar agora descalço.
Vermes alojados em meus passos.
Meus poucos sonhos de infância
à sorte daqueles que vieram trocar açoite por migalhas no barato mercado de nossas vidas.
Treme sob meus olhos
o fim de um princípio eternamente interrompido.
A alvorada em minutos tão acres quanto aqueles que nos pôs ao chão.
Estão todos mortos...
soterrados...
ou aguardam a morte
que caminha satisfeita entre escombros.
Neste cenário de ruínas,
por que sobreviver?
nossas crianças...
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