Trombei com um anjo sentado em uma onda.
Achei que era uma miragem
até tocar suas asas despejadas na espuma.
Pensei: neste pedaço de mar avistei o sincero do céu?
Na dúvida não pude deixá-lo deslizar para longe,
agarrei seu dedo do pé submerso ao largo de milhas de maresia.
Estava absorto o anjo
e mesmo em contato com a humanidade de minha mão
não notou minha presença.
Chamei-o pelos nomes dos querubins que me ocorriam
gabriel...
ariel...
daniel...
Não me atendeu
Nem se quer levantou a cabeça.
Estúpida supus,
como todas as igrejas,
que era dever do anjo olhar por mim
Ofendeu-me sua indiferença.
Acordei com a cara cheia de areia.
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