Vendi
meu verso por um bife de fígado.
Talvez
me livrasse do tédio
ou
da anemia
ou
do suicídio.
Lembre-se,
somos apenas mortais.
Era
a placa sob o mundo cheio de cacarecos que me cercava.
Só
os brindes do medicine man e um algumas de suas histórias
eram
capazes de aquecer minhas mãos.
Nessas
ocasiões, se tivesse sorte,
conseguia
escrever.
Certa
noite, mais uma dessas sem uma grama de sossego na cabeça,
Bordei
no verso da calça:
Você
não toca guitarra, funcionária.
Ele
havia sonhado que cruzávamos com um homem de turbante e uma cabra,
enquanto
descíamos a Monte Alegre.
Era
evidente para mim.
Tratava-se
de um sacrifício.
Eu
arranjaria dinheiro,
Já
que era bem mais fácil do que sair da caixinha de música.
Na
parte interna do tempo,
posso
firmar alguma intimidade.
Mas
com os objetos, sou o fracasso do parquinho.
Acho
o trabalho penoso
aquele
de ser real.
Por
isso, voltei para casa. Medicine man estava lá.
Aproveitei
e perguntei. (Na verdade o que eu queria era um close).
Por
que percorrer a estrada inteira?
Como
você sabe que eu não morri?
Nós
não temos a verdade para a aliança.
Eles
são totalmente exigentes.
Ele
podia falar essas coisas com propriedade e não parecer um pastor.
Um
cofre, um cofre, um cofre... insisti.
Acho
que é isso que eu sou.
Fui
eu que trai.
É
preciso acreditar na causa.
Só
que eu não consigo me apegar o bastante.
O
vestido arrastado pela estrada é dela...
Da
poeta.
Levará
muito tempo ainda para eu por em prática minha pele azul.
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