No segundo salto
continuo a gritar.
A
voz sai grave
quando
antes doía no estômago.
Fonoaudiologias
da vida permitem que alguns sobrevivam
e
tenham pão recheado.
Ora
sim ora também sim
tenho
absoluta incerteza do traçado definido para o plano de voo
mas
gosto das paisagens que minha escrivaninha aponta.
Tem
cheiro de gente nova
jeito
de coisa velha
promessa
de formas diversas de fiar no mundo.
Vontade
de dormir, não escapo.
Há
lá encantamentos nas fendas da terra
que
no ponto de ônibus é difícil visar os perfis.
Cinco
horas calado e parado, de quase todos se exige
Em
poucos desce como vitamina.
Quebrem
tudo, será meu grito contido
Olhem
e duvidem
Escrevam
na porta de minha última casa
Mas
estes são os meus três segundos de sal.
Se
tem sol,
prefiro
semear com a aldeia desejos de fim de mundo,
que
as bandidas aprendam também.
Parece
que da minha janela se vê mais vasto
Adoro
este cheiro de respiração.
Estranhos,
quais são seus passos?
Darei
mel de minhas vísceras
a quem me convencer a dormir todos os dias em seus
pensamentos
sou
madeira fiel às verticais miragens,
minha
sina é o chão.
Por
mais que a terra escureça,
não
esquecer da esperança como concepção de futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário