Naquele dia de ressaca,
Eu
mal sabia que um mortal devolve ao mar,
todos
os seus segredos.
A
boca presa de moléstias recorre ao cão,
o
mesmo cão miserável do tempo da convocação dos carcereiros.
Insistem
os abrigos feitos de âncoras: Não.
Mesmo
que eu tenha medo da sua pedra,
o
amar é uma espécie de deus líquido.
Solvente
universal dos corpos feios.
Agora
que já não sou moça,
Me
joguei nas suas plantas.
É
quando afundo na correnteza dos botos
e
ouço dizer-me depressa:
os
peixes lá fora se meditam.
Todas
as vezes que eu abro nossa antologia poética,
morda
a fruta suculenta
para
que eu possa escorrer no cheiro de alfazema.
A
arte é a violência de nadar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário