domingo, 20 de novembro de 2011

Amar


Esse é o desejo que o corpo enfrenta,
inábil em reagir à ação da rosa
Essa vontade pertencente ao inteiro
de compor um dicionário ocupado na reinvenção de cores e cheiros
a formas circulares que movimentam a Cia dos prazeres.
O convite é humano,
existem curvas em frequências retumbantes.
O vento que faz é humano,
levanta as rotas da saia do vestido.
Mas o texto não,
o texto não cabe em explicações científicas ou poéticas.
Nem metafísicas,
já que recobre as estrelas da constelação de volans
e ainda a zona infinitesimal da faixa do audível e também do visível.
É certa a condenação.
 Passaras por termos precisos:
quem não se arrisca, não terá fôlego para gritar.
Mesmo entre antolhos, serás tocado pelo o que é da natureza das fibras.
O exílio e o sossego, seus.
Beberas na boca enquanto que seu acolchoado mundo enfrentará o dragão.
Depois do fogo talvez encontre aquele mirante.
Se fores sábio talvez construa ali uma fogueira.
Ai, então, estarás ditoso em despir a pele dos titãs
e ali preparar o buraco no qual não terás receio em dormir.
Ou não.
Talvez continue cioso da rotação do sol.
Seja como for,

as variações e os improvisos merecem a galáxia.

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