Nicholay Tolmachov |
Espero que daqui a dez anos eu continue
assim
Ingênua, crível do impossível e
estupidamente aberta para as pessoas.
Espero que daqui a vinte anos, eu me
reconheça assim
sincera, sonhadora e alegremente
confusa com os mistérios do universo.
Espero que daqui a trinta anos, eu me
mantenha assim
- acordada com a mesma intenção de
espanto -
para o Saí Andorinha
o luar nunca antes tão lindo
e os braços de todos os abraços de
amigos.
Espero que daqui a quarenta anos,
permaneçam incorrigíveis todos os meus defeitos
de fé na luta
de dizer não sei
de pé no chão.
Espero que daqui a cinquenta anos,
eu
ainda perca muitas horas de sono encarnando versos com pessoas.
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