Outro dia sonhei que o coche fúnebre
vinha buscar-me e não achava-me preparada:
não estava nem morta nem doente,
e sentia que tinha de partir.
Então, disse para o cocheiro:
“Espere um pouquinho,
que estou acabando de ler este livro.”
E o cocheiro concordou e esperou.
Deve estar esperando.
Cecília Meireles Em: Poesia completa.
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