Ninguém me habita.
A não ser o milagre da matéria...
Ver mais
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita.
Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam,
me chamam
meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
Thiago de Mello
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