terça-feira, 22 de junho de 2010

Tempo

Onde andarás nesta noite de lua clara e sem fim?
andarás solitária no inverno do centro de minha cidade?
Parada quem sabe em face à imersão de suas ruas cheias de pressa?
Andarás feminina, fabricável, incolor?
Andarás por meus sonhos mesmo que te peça que permaneça em casa?

Mulher que entorta os caminhos,
sabia que existem quase mil espécies de morcegos no mundo e apenas três são hematófagas?
os pimentões são os legumes mais tóxicos?
e que há um vivedouro de estrelas na grande nuvem de Magalhães?

espera, o tempo desdobra seus desejos de não voltar.
irremediável é a vida enquanto se respira.
Nem as mães são só felizes
viver enverga
aprendi com o tempo modelado na obra do corpo de Oscar

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