quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Quando

Arnora Faelminkkine
Distraído você é aquele que mais exige.
Exige a vontade do sim quando o gesto é apartado:
Beija minha boca invisível.
Aguarda minhas mãos em suas coxas.
Mergulha nas águas escuras do nosso desejo.

Com fome você é aquele que mais reclama.
Reclama a poesia atrás da porta cerrada.
Vem poesia, se esgueira entre as fendas dos atóis do meu coração.
Vem pela máquina,
vem de torpedo,
vem na goela distante desta mulher.

Como bom homem que é preceitua:
você objeto,
Objeto da minha desvontade.
Não insista, eu sou o senhor dos ponteiros do tempo.

Mas, gauche, ela trocou de pele em luz violeta.
Ela quer ver a mulher derrotada brincar de fim do mundo com o homem derrotado.
Escuta os tons que vibram do seu chamado,
Escuta.
São de cor de passarinho.
Se você não quer levantar para nadar atrás de tartaruga
Ela entende,
Só não diga que a deseja livre.
Ela já é.
Seu elemento é a água.
Seu número o três
Sua carta, estrela.

Seduzida pelos sais de sua carne.
Ela insiste em se emaranhar em algum canto da mesma cidade.
Cativada,
não cativa.

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