sábado, 5 de dezembro de 2015

lee.jin.ju

Quando o coração de amor
é obrigado a calar,
parece que todas as imagens
do mundo pegaram silêncio.
Examino minhas lágrimas,
estão cheias de vazios.
Não ver é dor.
Não ouvir é dor.
Não tocar é dor.
Não cheirar é dor.
Não provar é dor.
Se meus sentidos restritos
compreendessem bem
nossa condição de infinito
talvez doesse
menos essa absoluta ausência.
Não seria tão extensa
essa ferida.
Toda flor seria um bom consolo.
Para sobreviver
Manoel explica:
É preciso amarrar
o tempo no poste.

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