quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Opto pelo olhar estetizante, com epígrafe de mulher moderna desconhecida.("Não estou conseguindo explicar minha ternura, minha ternura, entende?") Não sou rato de biblioteca, não entendo quase aquele museu da praça, não tenho embalo de produção, não nasci para cigana, e também tenho o chamado olho com pecados. Nem aqui? Recito WW pra você: "Amor, isto não é um livro, sou eu, sou eu que você segura e sou eu que te seguro (é de noite? Estivemos juntos e sozinhos?), caio das páginas dos teus braços, teus dedos me entorpecem, teu hálito, te pulso, mergulho dos pés à cabeça, delícia, e chega-
Chega de saudade, segredo, impromptu, chega de presente deslizando, chega de passado em videoteipe impossivelmente veloz, repeat, repeat. Toma este beijo só pra você e não me esquece mais. Trabalhei o dia inteiro e agora me retiro, agora repouso minhas cartase traduções de muitas origens, me espera uma esfera mais real que a sonhada, mais direta, dardos à minha volta, Adeus!
Lembrei minhas palavras uma a uma. Eu poderei voltar. Te amo, e parto, eu incorpóreo, trunfante, morto.

Ana Cristina Cesar

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