quarta-feira, 13 de abril de 2011

A flor do medo


A vida respeitosa lhe apresenta a flor do medo...
E vamos combinar,
o banco da escola é um dos melhores lugares para se ganhar boas sementes.
Depois canta e recita, o primeiro amor ferido, que é preciso fechar a janela.
E aprendemos a deixar nossas armas bem ao alcance da palavra.
Assim, vamos fazendo os furos e os remendos que são possíveis,
tementes ao trabalho definitivo de deus.
E desde quando medo tem dia?
Sua carreira não é breve.
Se te dizem, Vamos?
Ele aconselha: o ser humano é uma coisa.
Não vem que não tem, seu passo me pertence.
Sobre o cumprimento das lições do medo e outros ensaios,
a atitude é tudo.
Uma competição que celebra caminhos estreitos 
e afetos de aço.
Sua dose diária de desatenção.
Sugere-se, então, que entre os intervalos de seu show,
não se enfrente um espelho
as paisagens de tua infância estarão borradas.
Como dado essencial da despedida cotidiana,
o acordo é: não revele o segredo do cadeado de suas emoções
Tudo deve permanecer liso e engomado.
Hoje acordei e percebi que chegou uma nova estação
Olhei meu jardim e me espantei...
Estavam lá,
flores do medo crescendo entre as papoulas e violetas.


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