terça-feira, 6 de agosto de 2013

Chegada ou 0.1

Brendan Monroe



Depois de tantas rotações, aprender a respirar.
Conhecer a casa e lá encontrar o perfeito.
Agora é assim... todas as noites Orfeu recusado em suas escápulas.

Seu nome faz rios coloridos em minha barriga: nascente e foz.
Se és um rio, és a água que sustenta minha humanidade.
Como, não sei, você surge ainda maior que uma montanha.

Finalmente, todas as histórias até a esquina do bar.
Finalmente, a morte da existência comum da alma.

Lembro-me de coisas assim a esmo.
T3 e o chão. Chuva e o guarda-chuva. Terraço e a porta. Lençóis e o calor. Vinho e o céu. Beijo, um, dois, trezentos e trinta e três milhões molhados. Flor. Colo. Cuidado. Enjoo na rede ou nas saudades. A palavra exata ... a cerveja também.

Isso porque não evoco sua voz, seus olhos, seu sorriso, suas mãos, as texturas da pele
... o sagrado não cabe em um poema.

Mas o mal do poeta é sua vocação para o delírio.
Então, conto-te os versos que você me dá.

Primeira estrofe...
Além de confissões, essa poesia é apenas a sombra do meu corpo que arde. E “Aquilo que pelo corpo se espalha, dando-lhe vida, é de natureza eterna”.

Segunda estrofe...
Vou contigo à lua ou a todos os véus da Ásia.

Terceira estrofe...
Ontem, servirei meu coração.
Hoje, servirei meu coração.
Amanhã, servirei meu coração.

Um servo do amor, é cúmplice de deus

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