terça-feira, 25 de agosto de 2009


Tem na boca um mistério impossível de exprimir.
Quatro letras é tão pouco.
Um corpo, uma vida, um tempo tão gris.
Mesmo que se revelassem a distância de todas as estrelas,
a casa dos deuses mais tímidos
ou a anatomia do coração cativo das mães
ainda seria ralo frente a alegria do vislumbre de seus verdes olhos.
Não amo sua voz e seu verbo.
Nem os procuro entre as ruas corridas desta cidade de milhões de habitantes.
É a fantasia da sua serenidade que reparte meus desejos de sono.
Como amo tanto, não amo e sou livre e cativo.
Assim, posso continuar te querendo durante todas as horas deste corpo e sair gritando segredos por ai.
Tua mão na minha mão, minha mão junto a sua em todos os cantos.E este canto no início da noite insone te chamando: Vem...

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