domingo, 13 de setembro de 2009

Dois cantos de despedida



Explica cupido como é a despedida de suas mãos frias e insensíveis
sobre as águas de minha pele invisível.
Como é a ausência das palavras silenciosas
companheiras e de amor.
O gesto sempre esteve em minha face
agitado entre as veredas de minhas ideias.
Visitastes minha cama mais em sonho,
meus travesseiros não roubaram suas histórias de menino.
Seus olhos continuarão opacos aos meus olhos
mesmo se miraram juntos Manoel, Carlos, Adélia, Clarice.
Ao amor me pedem coragem.
Preciso dormir, trabalhar, arrumar as gavetas.
Se dói? Não sei.
Aprendi de forma bruta a gostar de quem gosta de mim.
Hoje mansa refaço sua mala,
Te despacho para o fundo do caderninho.
Se dói? Dói pouco.
Castelinhos de areia só matam personagem de conto de fada.
O mundo é sortido.
Poesia é desdobrável.
sou... também eu


Nenhum comentário:

Postar um comentário