segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aprender a viver em pleno pavio



Jacek Yerka
 Ai, o Vazio
A dor,
O incolor.
A volta da vontade é grande
para quem vê todo avesso do mundo.
Conhece a tranca.


São frágeis as cercas diante dos homens inclinados sobre o horror.
A voz do sinhô é pouca água.


No tempo,
certo como o tempo não para nunca de andar,
penumbras crepitam em crimes.


O poder maior está na morte.
A cartilha, o aço, a cruz
assassinar por dentro.


Devolver o pó
da verdade
em pólvora
do espanto.


Não é o olho que vê,
é a pessoa.


Convocar do verso belas armas.
Saber, justiça, magia.
Ao pavio do mundo mover-se.


Todo homem tem mais água
 mais farol
e outros homens.


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