domingo, 25 de novembro de 2012

Muitas palavras sem amor




Infinitas são nossas brincadeiras.
Mas o amor é seco quando não se faz.

molhar um amor...

com palavras apenas...

é existir a existência do poeta que não finge.

Diante dos postes e das árvores,
e de suas experiências ordinárias de postes e de árvores, prefere o mar.
Finge que não sente,

não explica o que não tem razão.

Porque é simples assim: prefere o mar.
É lá no mar que se dão suas simplicidades das coisas de ninho. 

Ainda bem que existem outras redes,

outras Joanas
e muitas Marias.

Desse chão de cerrado, que faz parte do meu coração, então, te digo:

Há nuvens de céu que cabem vôos de pássaros ou joaninhas.

Há planos de voo que incluem quadris em circulo no dorso da boca.
Afinal, sente-se deveras esperar novembro.
É uma promessa.
É também a chuva.
Sou eu - vou repetir -
Sou eu, que até o desaguadeiro d´ alma, é assim sempre menino.
Sou eu,

que mesmo com a espinha de rabo de peixe,

entende pouco das coisas do mar e do amar. 
Por tanto, ao invés de dizer, pergunto:

Onde o homem se banha alguém já viu o mar?


A trama de nossa rede é larga.
Olho em ti e não entendo seus mistérios.
Diz que está chovendo ai no teu coração.
E foi uma joaninha velha que contou.









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